Téti - coletânea de releases
Na busca no google quando pesquisei com "Téti do Pessoal do Ceará" obtive a seguinte resposta:
"A cantora Teti é uma das brasileiras que foram pioneiras nas
áreas em que atuam. Única mulher a integrar o Pessoal do Ceará, junto com
Belchior, Ednardo, Fagner, Rodger Rogério e outros, considera que aquele
movimento musical cearense foi revolucionário."
Não obstante, preciso registrar também os nomes de Amelinha e Tânia Cabral.
TETI - COLETÂNEA DE RELEASES
O MATERIAL ABAIXO FOI TRANSCRITO POR PEDRO ROGÉRIO DO ARQUIVO PARTICULAR DE TÉTI COM AUTORIZAÇÃO DA MESMA.
TÉTI
NÓS UM e o próximo
Téti é a voz feminina de maior
expressividade daquele grupo de artistas e intelectuais que na década de 70
ficou conhecido como “Pessoal do Ceará”
Para
2006 o show de Téti revela sua
atividade musical entre o lançamento do disco coletânea “NÓS UM” e o novo
projeto que se concretizará no seu próximo registro fonográfico.
“NÓS
UM” é uma coletânea atípica que traz 5 gravações inéditas como faixa bônus.
Atípica porque sempre que se gravam coletâneas, as faixas bônus vêm ao final do
disco. Porém a música que dá título ao trabalho (NÒS UM, dos jornalistas Neno
Cavalcante e Márcia Thé) é uma das inéditas, trazendo, portanto, todas as novas
gravações para a abertura da coletânea. Essa é uma grata surpresa que o público
de Téti encontrará no CD. E que constarão no show de
2006. Em seguida o CD mata a saudade de todos com as músicas do disco “CHÃO
SAGRADO” de 1974 em parceria com Rodger de Rogério, do disco “EQUATORIAL” de
1980 e do mais recente “TÉTI do Pessoal do Ceará” de 1998.
Para
o novo projeto que está sendo maturado, Téti
trará sua força interpretativa em ritmos
nordestinos. O repertório passeará entre o coco “Gírias do Norte” de Onildo
Almeida e Jacinto Silva registrado no seu disco “Equatorial” de 1980; passando
pelo “Chão Sagrado” de Rodger de Rogério e Belchior, registrado no disco de
mesmo nome em 1974, resgatará sua antológica interpretação de “Dono Dos Teus
Olhos” de Humberto Teixeira gravado em 1972 no “MEU CORPO MINHA EMBALAGEM TODO
GASTO NA VIAGEM” que traz como subtítulo o nome que batizou sua geração:
PESSOAL DO CEARÁ; e desaguando em novas interpretações de composições mais
recentes de Manasses, Luizinho Duarte, Pedro Rogério, Nonato Luís, Olímpio
Rocha entre outras novidades rítmicas, melódicas em aconchegantes harmonias.
Portanto
o show do primeiro semestre de 2006 marca a transição de Téti entre o lançamento do novo CD “NÓS UM” e as primeiras idéias
do próximo trabalho que primará pelas composições que tragam a força e a luz do
povo nordestino em toda sua riqueza e diversidade cultural.
músico
professor
radialista
pesquisador
A CANTORA TÉTI mais uma vez visita a herança do ´Pessoal´,
mas também mostra faixas inéditas
PESSOAL DO CEARÁ (24/1/2006)
Téti em
revista
Intérprete feminina que melhor personifica a geração do
“Pessoal do Ceará”, Téti está de volta ao disco. Em “Nós Um”, reúne uma
coletânea de faixas de seus discos “Chão Sagrado” (1975) e “Equatorial” (1980),
além de participações em discos de autor e projetos especiais. O disco também
traz cinco músicas inéditas na sua voz forte, cadenciada, especial
A voz do “Pessoal”. Se Maria Elisete Morais de Oliveira e
Rogério, pessoal e artisticamente reconhecida pelo singelo diminutivo Téti, não
chegou a fazer alcançar o olimpo do sucesso, como a tríade
Ednardo-Fagner-Belchior, ela sempre foi a intérprete mais fiel à essência
daquela geração que, longe da pretensão de compor um movimento estético ou
mesmo um grupo que se considerasse como tal, passaria à história da música
brasileira como “Pessoal do Ceará”. Uma das impagáveis tiradas do “guru” da
turma, Augusto Pontes, “Meu corpo, minha embalagem, todo gasto na viagem” era o
título oficial do LP gravado por Téti, Rodger Rogério e Ednardo em 1972 e
lançado nacionalmente no ano seguinte pela Continental.
Pelas mãos do produtor e radialista Walter Silva, que
reparou no uso constante do termo para designar uma coletividade, o disco ficou
conhecido como o do “Pessoal do Ceará”. Alcunha que, não sem nuances e
ressalvas, passaria a designar como um todo a geração de artistas cearenses que
“arribou” pro “sul” no início dos anos 70, levando consigo matulões cheios de
letras, melodias e sonhos. E que, depois do sucesso de nomes como Humberto
Teixeira e Lauro Maia, terminaria por reinserir o Ceará no mapa da música
popular feita no Brasil em tempos de cólera, revolta e medo impostos pelo
regime militar.
Depois do primeiro disco dividido pelos três, Ednardo seguiu
sua carreira com sucesso, e Téti e Rodger ainda lançaram outro LP, “Chão
Sagrado” (1975), prejudicado por problemas técnicos que resultaram em uma
distorção nas vozes, até hoje motivo de desgosto à cantora. O casal, no
entanto, retornou a Fortaleza, onde Rodger daria prosseguimento a seu trabalho
como professor no Departamento de Física da UFC. Na contramão do fetiche
alimentado nos dias de hoje, ambos, já com filhos por criar e obrigações a
cumprir, escolheram a opção mais estável, entre a sedução insegura do mundo da
música e as lides docentes no ensino superior. Mesmo saindo do eixo, nunca
pararam de se dedicar à arte. Hoje aposentado pela universidade, Rodger, que chegou
a ter canções registradas por Fagner e Ney Matogrosso, continua compondo e
também tornou-se ator, participando de diversas produções independentes. E Téti
segue sua carreira, apesar das dificuldades.
A trajetória da intérprete definitiva do “Pessoal” teve
continuidade com o lançamento de “Equatorial”, em 1980, tempos em que Fagner
era uma espécie de homem forte na CBS - sigla que, pelo espaço cavado na
gravadora para os alencarinos, chegou a receber a bem-humorada tradução de
“Cearenses Bem Sucedidos”. O disco da cantora contou com a participação do
próprio Fagner e de instrumentistas renomados, como os mineiros Toninho Horta
(guitarra) e Túlio Mourão (piano).
Dalwton Moura
TÉTI
(24/1/2006)
A saga da musa
do “Pessoal”
Entre apresentações em eventos e shows mais informais, 18
anos se passariam até a cantora chegar a um novo lançamento. “Téti - Do Pessoal
do Ceará”. Produzido por Fausto Nilo e Olímpio Rocha, com direção musical de
Manassés, o disco reunia em 11 canções o trabalho de autores cearenses, desde o
“Pessoal” (com Petrúcio Maia, Belchior, Fagner, Rodger Rogério, Fausto Nilo,
mas também Brandão, Chico Pio, Alano Freitas, Pepe Capelo, Nonato Luiz,
Francisco Casaverde, Caio Sílvio, Olímpio Rocha, Manassés e Ricardo Alcântara),
até uma geração mais recente, representada no repertório por David Duarte.
Faltou Ednardo, do qual a cantora registrou “Alazão”, mas não pôde incluir a
faixa no CD, por impossibilidade de arcar com o custo da liberação da música
pela editora. Sem rusgas com o compositor, a intérprete faz questão de
ressaltar.
Pois bem. Agora Téti volta ao disco, com “Nós Um”, projeto
inicialmente concebido como uma coletânea de faixas na voz da intérprete,
dispersas em projetos especiais e discos de compositores, como “Melhor que mato
verde”, (Petrúcio Maia), “Lauro Maia 80 Anos”, “Verdade absoluta” (José
Carlos), “Maculelê” (Pingo de Fortaleza), “IBEU Canta Ceará”, “No Ceará é assim”,
“Um Quarto de lua (Olímpio Rocha)”, “D`alma” (Nilo Alves, Roberto Pinto e
Hermano Carvalho) e “Marca Carmim” (Chico Pio e Luciano Cléver), entre outros.
Mas, conforme o passar do tempo necessário à difícil tarefa de viabilização do
disco, a idéia foi sendo modificada.
“Resolvi incluir músicas dos discos anteriores, que para
muita gente são difíceis de encontrar. Acabei diminuindo as faixas desses
discos de projetos especiais, dando prioridade ao ‘Chão Sagrado’ e ao
‘Equatorial’”, explica a cantora, acrescentando que, por dificuldades de acesso
aos fonogramas originais, não foram contempladas faixas do disco em parceria
com Rodger e Ednardo. O CD ainda ganhou, além da proposta de passar em revista
a carreira da intérprete, uma preocupação de novidade. “Conforme fomos definido
o escopo do projeto, a idéia de incluir músicas inéditas foi naturalmente
ganhando forma e força. Entendemos que o momento atual da cantora teria que
estar presente no trabalho”, diz o produtor Olímpio Rocha sobre o projeto,
viabilizado com aproximadamente R$5 mil em recursos oriundos do Programa BNB de
Cultura (seleção via edital).
“Seria o bastante para a coletânea. A Modo Maior (selo com
mais de 30 discos lançados) e a Prodisc (realizadora da Feira da Música de
Fortaleza) complementaram o orçamento para viabilizar este novo formato do CD.
Agradecemos aos músicos e técnicos que entenderam o projeto e colaboraram
efetivamente: Raimundo Fagner, Nilton Fiore, Luís Miguel, Luizinho Duarte, Ivan
Ferraro e Ray Miranda”, acrescenta Olímpio, citando o selo e a associação de
que participa. E que em breve devem assinar com a distribuidora Tratore, de São
Paulo, para procurar escoar essa produção fonográfica em outros estados.
Já nas lojas de Fortaleza, “Nós Um” teve um primeiro
lançamento durante o show da cantora em sua terra-natal, Quixadá, quando do
Festival de Trovadores e Repentistas promovido pela Secult, em dezembro
passado. Por enquanto, Téti afirma estar articulando o lançamento oficial na
capital, provavelmente em shows no Centro Cultural Banco do Nordeste, ainda sem
data confirmada. Depois, deverá cumprir o roteiro de espaços culturais da
capital cearense. Enquanto isso, vale procurar o disco e se deliciar com a
categoria, a sedução e a melancolia - tão nossa - do canto de Téti, em variados
momentos e contextos dando à luz a arte de diversos autores. Eles por ela.
SERVIÇO: “Nós Um” - Mais
recente CD da cantora Téti. Lançamento: Modo Maior, com patrocínio do Programa
BNB de Cultura. 16 faixas. Disponível em lojas de Fortaleza, ao preço médio de
R$15,00. Contatos com os produtores: olimpio@modomaior.com.br.
-
Para o Centro Cultural Oboé em 18 de maio de 2005
Nascida em Quixadá, sertão central cearense, TÉTI inseriu seu nome na história da música popular brasileira ao integrar ainda nos anos 70 o grupo de cantores, compositores, letristas e instrumentistas, conhecido como Pessoal do Ceará.
Com seu timbre vocal de expressiva beleza, TÉTI representa a voz feminina que mais tem divulgado o trabalho dos compositores cearenses de várias gerações, integrando ainda vários movimentos representativos da nossa cultura cearense, em especial à nossa memória musical.
Em 1972, ao lado de Rodger e Ednardo, grava o disco, "Meu Corpo, Minha Embalagem, Todo Gasto na Viagem".
Com produção de Walter Silva, TÉTI grava em 1974, agora acompanhada apenas de Rodger, o disco "Chão Sagrado".
Participa em 1979 do disco "Massafeira", reunindo dezenas de músicos e intérpretes cearenses e, no mesmo ano, grava seu primeiro disco solo,"Equatorial", com produção de Fausto Nilo e direção artística de Fagner.
Na mesma época, faz participações especiais nos discos de Ednardo (na faixa "Lupiscínica") e de Petrúcio Maia (na faixa "Frenesi").
Em 1983, a convite da Funarte, participa do Projeto Pixinguinha ao lado dos pernambucanos Teca Calasans e Oswaldinho do Acordeom. Em excursão pelo Nordeste, TÉTI canta o melhor da música cearense e de volta ao Rio de Janeiro, realiza temporada na Sala Funarte, dentro do “Projeto Pixingão”.
Em 1998 grava o CD “TÉTI – Do Pessoal do Ceará”com produção musical de Manassés de Sousa e participações especiais de Dominguinhos, Nonato Luiz, Jorge Cardoso, Ocelo Mendonça, Jorge Helder e Mingo Araújo.
Mas TÉTI não para por aí; participa dos discos coletivos “80 anos de Lauro Maia”, “No Ceará é Assim”, “50 anos de IBEU”, “Caixa Patativa” e “Coletânea de versões rítmicas do Hino Oficial do Estado do Ceará”. Tem ainda sua voz registrada nos discos dos compositores cearenses Pingo de Fortaleza, Nanan Lima, Zé Carlos, Rogério Franco, Evaristo Filho, Nilo Alves e Roberto Pinto, Olímpio Rocha, Nonato Luiz, Luciano Cléver e Chico Pio. Mais recentemente teve participação especial na gravação do DVD do instrumentista Manassés, durante a Feira da Música.
Com o show “Sons Nordestinos”, que realizar-se-á no dia 18 de maio no Centro Cultural Oboé, TÉTI quer voltar-se para as tradições nordestinas, presentes em todas as suas apresentações: Baião, Côco, Maracatu, Reizado e outros afins.
O repertório incluirá
composições de autores novos e antigos, seguindo assim o caminho iniciado nos
anos setenta.
- Para o
Projeto Palco Cearense em 15
de maio de 2005
“Integrante do Movimento Musical Cearense nos anos 60 / Pessoal do Ceará, lançou seu primeiro LP em 1972. Participou dos projetos “Pixinguinha, Pixingão” e do coletivo “80 anos de Lauro Maia”. Apresentou-se no Teatro Record, Bandeirantes e Sala Augusta. Seu mais recente trabalho é o álbum fonográfico “TÉTI do Pessoal do Ceará”. Abre o Projeto Palco Cearense dividindo o palco com Pedro Rogério.
Obs: Esse foi um resumo/adaptação impresso em folder de
divulgação feito pela produção do evento sobre o release reproduzido abaixo.
RELEASE TÉTI
Escrito por Pedro Rogério em 03 de maio de 2005
Integrante do movimento musical cearense
da década de sessenta que reuniu jovens artistas de diversas áreas da cultura
nas mesas do famoso “Bar do Anísio” e no diretório da Faculdade de Arquitetura
(onde realmente tudo começou), TÉTI iniciou sua carreira musical participando
de programas locais de rádio e televisão, ao lado dos amigos Petrúcio Maia,
Augusto Pontes, Rodger Rogério, Brandão, Fagner, Ednardo, Ricardo Bezerra e
Belchior, só para citar alguns.
No final da década de sessenta e começo
dos anos setenta, TÉTI iniciou sua carreira discográfica em São Paulo, onde ao
lado de Ednardo e Rodger gravou em 1972 o LP “Meu corpo, minha embalagem, todo
gasto na viagem”, que ficou conhecido como “Pessoal do Ceará”.
Em 1974, voltaria a gravar, juntamente com
Rodger Rogério, o LP “Chão Sagrado”. Esses dois primeiros discos contaram com a
produção de Walter Silva. Em 1979, participou da gravação do disco “Massafeira
Livre”. Esse disco foi conseqüência do “Movimento Massafeira” que reuniu vários
artistas de diversas áreas, aqui no Ceará. No mesmo ano, gravou o LP
“Equatorial”, seu primeiro disco solo, que teve produção de Fausto Nilo e
direção artística de Fagner. A convite de Petrúcio Maia e Ednardo, que se
encontravam em estúdio, no Rio de Janeiro, gravando seus discos, Téti teve
participação especial nas músicas “Lupiscínica”, que gravou juntamente com
Ednardo, e “Frenesi” cuja interpretação dividiu com Petrúcio.
Em sua trajetória, TÉTI cantou nos mais
importantes teatros e salas do país. Em São Paulo, Téti se apresentou no Teatro
Record, Sala Augusta, Teatro Bandeirantes, Tuca e no Masp.
Em 1983, a convite da FUNARTE (Fundação
Nacional de Arte), Téti participou do “Projeto Pixinguinha” ao lado dos
pernambucanos Teca Calazans e Oswaldinho do Acordeon, excursionando por vários
estados do Nordeste, sempre divulgando a música cearense. Em 1985, Téti
voltaria ao Rio de Janeiro para fazer uma temporada na Sala FUNARTE, dentro do
“Projeto Pixingão”.
Na década de
noventa, Téti participou dos LPs coletivos “80 anos de Lauro Maia”, “No Ceará é
assim” e “50 anos de IBEU no Ceará”. Sempre recebendo e atendendo a convites
para gravar músicas em discos de compositores da nova geração, TÉTI tem sua voz
registrada nos discos dos cearenses Pingo de Fortaleza, Nanan Lima, José
Carlos, Evaristo Filho, Hermano, Nilo Alves e Roberto Pinto, Olímpio Rocha,
Luciano Cléver e Chico Pio.
Seu
mais recente trabalho fonográfico é o disco intitulado “TÉTI do Pessoal do
Ceará” que contou com a direção musical de Manassés de Sousa e a concepção
da cantora em parceria com Fausto Nilo. Esse trabalho é um resgate de músicas
compostas por autores de sua geração, bem como de composições de uma geração
posterior à sua e da mais nova safra de novos compositores cearenses. Foi um trabalho
realizado com muito carinho e cuidado, e, como diria Fagner, “é um disco para
ser ouvido com o coração”. No CD, Téti conta com as participações especiais dos
músicos Dominguinhos, Nonato Luiz, Paulinho Trompete, Jorge Cardoso, Mingo
Araújo, entre outros.
Pedro Rogério
Fortaleza, 03/05/2005
- Para o Centro Cultural Banco do Nordeste em 02 de julho 2003
Teti
“Nascida
em Quixadá, sertão central cearense, TÉTI inseriu seu nome na história da
música popular brasileira ao integrar o grupo de cantores, compositores,
letristas e instrumentistas conhecido como Pessoal do Ceará. No início, as
apresentações do grupo eram realizadas em programas da TV Ceará, emissora dos
Diários Associados, sobretudo no programa Porque Hoje é Sábado,
apresentado por Gonzaga Vasconcelos. Eram também muito comuns os shows no
circuito universitário, em plena época de contestação da ditadura militar, e os
encontros nas noites da Beira-Mar, tendo como cenário o histórico Bar do
Anísio. Com seu timbre vocal de expressiva beleza, TÉTI representa a voz
feminina que mais tem divulgado o trabalho dos compositores cearenses de várias
gerações. Seu trablho mais recente inclui uma irretocável leitura de Sina,
canção composta por Raimundo Fagner, Ricardo Bezerra e Patativa do Assaré.
A massa da Padaria Musical I
Eu me
lembro muito bem do dia em que cheguei voltando de Juazeiro do Norte pra
Fortaleza cidade grande que me viu nascer, e fiquei encantado com aquela música
vinda de um aparelho Johson, sendo sua imagem gerada pela TV Ceará Canal 2,
repleta de referências de tudo o que eu ouvia e admirava em Luiz Gonzaga e
Humberto Teixeira, Orlando Silva e Chico Alves, Elza Soares e Billie Holiday,
Noel Rosa e Pixinguinha, Lennon e McCartney, Cego Oliveira e Bob Dylan, Lauro
Maia e Orlando Silva, Marlene e Emilinha, Roberto e Erasmo, João Bob e Nozinho
Silva, Tom e Vinícius, João Gilberto Gilberto, um banquinho e um violão.
Precisa mais? Que Pindorama é o teu?
Veja bem e pise macio e com cuidado: o chão é sagrado. E porque hoje é sábado, eu estou no centro da sala de visitas, onde cochilam os coronéis, e passeiam pelo espaço da televisão as naves da minha vida e as Apolo 8, Apolo 9 e Apolo 10. A TV Ceará orgulhosamente apresenta e me envia pelos sinais de videoteipe em preto e branco, o pessoal que irá permanecer por muito mais que sete dias em destaque, uma geração de cantores, compositores, letristas e músicos guardados no peito e que carrego aqui em mim com admiração e respeito, acima de tudo, e hoje ainda mais pela amizade, pela parceria nos caminhos da música e pelo privilégio de poder ter conhecido e convivido com quase todos.
E todos, já se sabe, são quase tudo ou o que ainda há de a e ainda vão dar muito o que falar e tocar e cantar e transgredir, palavra de ordem daquela hora. Todos estão armados até os dentes de sons e palavras. É a vez da palavra cantada com jeito e sotaque cabeça-chata. Alô, Coroatá. Alô, alô Realengo. Os cearenses acabaram de chegar. A cidade grande agora é o mundo inteiro que viu nascer esta turma e seu jeito de fazer música como uma coisa de quebra.
Primeiro, uma atitude. Segundo, algo que mude. Terceiro, ação de mudar.
Um
cavalo-ferro, trem imaginário, vai saindo da estação correndo solto por dentro
desse velho/novo mundo e pulsando num segundo letal no planalto central pelos
quatro cantos da sala, quatro mil cantos do Rio, na misturação de São Paulo e
pelos cantos do planeta. A voz daquela menina nos mostra nossas raízes do
Quixadá, de Brasil e de América do Sul, por força desse destino.
Programa
1.
CARRUAGENS (Rodger Rogério & Clodo)
2.
REIZADO (Stélio Vale, Graco Sílvio & Augusto
Pontes)
3.
FOLIA DE REIZADO (Calé Alencar & Rosemberg Cariry)
4.
SINA (Raimundo Fagner, Ricardo Bezerra & Patativa
do Assaré)
5.
ARIDEZ (Dominguinhos e Climério)
6.
AMOR ESCONDIDO (Raimundo Fagner e Abel Silva)
7.
DOROTHY L’AMOUR (Petrúcio Maia & Fausto Nilo)
8.
COMENTÁRIO A RESPEITO DE JOHN (Belchior & J. L.
Pena)
9.
DOIS QUERER (Raimundo Fagner & Brandão)
10. BAIÃO
DA RUA (Nonato Luiz & Fausto Nilo)
11. BAIÃO
DA PENHA (Guio de Moraes & David Nasser)
12. DONO
DOS TEUS OLHOS (Humberto Teixeira)
13. KALU
(Humberto Teixeira)
14. LAVADEIRA
DE NUVENS (Rodger Rogério & Clodo)
Ficha
Técnica
Teti – Voz
Pedro Rogério – Violão
Aroldo Araújo – Baixo e violão
Francisco – Percussão
Calé Alencar – Texto e Produção
Marfalda Skoulaxenos – Técnica
Franciane Magalhães - Artes
Release escrito pelo poeta, publicitário e amigo Ricardo Alcântara a pedido de TÉTI para divulgação do CD “Téti – Do Pessoal do Ceará” em 12 de abril de 1999
TÉTI - A VOZ FEMININA DO PESSOAL DO CEARÁ
Do Bar do Anísio, na paisagem à época ainda lúdica da Beira-mar, para a Faculdade de Arquitetura, no tradicional bairro do Benfica, uma geração de novos talentos musicais se movimentava na Fortaleza do final dos anos 60.
A grande força porém está na voz de TÉTI. é algo assim de extasiante, tranqüilo, sereno. Uma voz capaz de enveredar pelas mais intricadas elaborações melódicas (...) sem contudo perder-se ou desviar-se, mantendo-se firme e sólida.
Tudo está perfeitamente colocado. O poema não é “cantado” simplesmente. Não há uma fixação no FATO interpretativo. Há o que se poderia chamar de incorporação/adentramento. A fruição total do fato musical e sua repensagem pelo canto. Isto é uma característica única e absoluta do indivíduo estético, do artista para quem o fator expressivo não é mera manifestação, mas parte e EX-TENSÃO do seu instante de reflexão sobre os instantes de todos os dias. E TÉTI representa bem esse mergulho, essa entrega.
Eram legítimos herdeiros de Luiz Gonzaga e Lauro Maia, mas também de João Gilberto, Tom Jobim e - por que não? Beatles e o que de melhor havia na pop art florescente naquele período os compositores Fagner, Ednardo, Belchior, Rodger Rogério, Petrúcio Maia e Ricardo Bezerra. Os poetas da canção Brandão, Fausto Nilo e Dedé. E a voz feminina do pessoal: TÉTI.
Era talento demais para ficar em casa. No início dos anos 70, TÉTI iniciou sua carreira cantando na noite paulistana e atraindo a atenção para a sonoridade nova das canções daquele que ia se definindo de boca em boca como "o pessoal do Ceará".
Em 1972, ao lado de Rodger e Ednardo, grava o disco, "Meu Corpo, Minha Embalagem, Todo Gasto na Viagem", onde despontam alguns sucessos, como "Terral" e "Beira-mar", esta, uma marcante interpretação de TÉTI.
Ainda com produção de Walter Silva, TÉTI grava em 74, agora acompanhada apenas de Rodger, o disco "Chão Sagrado".
Participa em 79 do disco "Massafeira", reunindo dezenas de músicos e intérpretes cearenses e, no mesmo ano, grava seu primeiro disco solo,"Equatorial", com produção de Fausto Nilo e direção artística de Fagner.
Na mesma época, faz participações especiais nos discos de Ednardo (na faixa "Lupiscínica") e de Petrúcio Maia (na faixa "Frenesi").
Em 1983, a convite da Funarte, participa do Projeto Pixinguinha ao lado dos pernambucanos Teca Calasans e Oswaldinho do Acordeom. Em excursão pelo Nordeste, TÉTI cantava o melhor da música cearense. De volta ao Rio de Janeiro, realiza temporada na Sala Funarte, no Projeto Pixingão.
TÉTI participou ainda dos discos coletivos "80 anos de Lauro Maia", "No Ceará é Assim" e "50 anos de IBEU". Tem sua voz registrada ainda nos discos dos compositores cearenses Pingo de Fortaleza, Nanan Lima, José Carlos, Evaristo Filho, Hermano, Nilo Alves e Roberto Pinto, Olimpio Rocha, Luciano Cléver e Chico Pio.
Agora, a intérprete madura, mas sempre aberta para os novos sinais do tempo, gravou o CD " TÉTI - do Pessoal do Ceará", onde resgata os compositores de sua geração, dos talentos surgidos sob o impulso do Pessoal do Ceará e até a geração mais recente de novos compositores cearenses.
“Um disco para ouvir com o coração”, o novo CD de TÉTI tem participação especial dos músicos Dominguinhos, Nonato Luiz, Paulinho Trompete, Jorge Cardoso e Mingo Araújo, entre outros.
Sempre identificando sua voz
com o registro notável da música popular cearense, que há trinta anos brilha na
Terra da Luz com sua linguagem inconfundível - áspera e sentimental - onde
tradição e modernidade nunca precisaram de receita para se fundir na forma
original de seu talento.
-
Para o Projeto 5a musical em 18 de março de 1999
Um dos maiores valores da nossa música, TÉTI integrou vários movimentos representativos da cultura cearense, em especial os projetos dirigidos à memória musical. Veterana da época do Pessoal do Ceará, ela já gravou com Ednardo e Rodger Rogério e tem seu canto registrado nos discos Chão Sagrado, com Rodger, e Equatorial, seu primeiro disco solo, que teve a direção artística de Fagner e a produção musical de Fausto Nilo. De volta à cena nos palcos, TÉTI está com um novo trabalho, o CD “Do Pessoal do Ceará”, que traz o retorno da intérprete cearense em um momento mais maduro de sua carreira. Participações especiais estão incluídas no trabalho como a de Dominguinhos no acordeon, com Amor Escondido de Fagner e Abel Silva e também em Estrada de Santana, de Petrúcio Maia e Brandão. Mingo Araújo dá um show de percussão e Nonato Luiz de violão. No trompete está Paulo Trompete e no bandolim Jorge Cardoso. TÉTI gravou também os compositores mais antigos do ceará como Lauro Maia, Luiz Assunção e Humberto Teixeira.
- Para o Centro Cultural Banco do Nordeste em 13 de janeiro 1999
“Cantora cearense com um timbre vocal de expressiva beleza, TÉTI inseriu seu nome na história da música popular brasileira, ainda nos anos 70, ao integrar o grupo de cantores, compositores, letristas e instrumentistas cearenses que viria a ser conhecido pelo nome Pessoal do Ceará. No início, as apresentações do grupo eram realizadas em programas da TV Ceará, emissora dos Diários Associados, sobretudo no programa Porque Hoje é Sábado, apresentado por Gonzaga Vasconcelos. Eram também muito comuns os shows no circuito universitário, em plena época de contestação da ditadura militar, e os encontros nas noites da Beira-Mar, tendo como cenário o histórico Bar do Anísio.
TÉTI representa a voz feminina que alcançou maior projeção com o que de melhor se fez em termos de música cearense e durante vários anos foi a intérprete que mais divulgou o trabalho dos compositores cearenses da geração do Pessoal do Ceará e também sabendo filtrar os talentos das novas gerações que ela sempre soube reconhecer e incentivar.
Com uma carreira dedicada a mostrar, em discos e espetáculos, um repertório de alto nível, TÉTI é uma estrela de brilho próprio em meio à constelação dos mais consagrados intérpretes da música popular brasileira.
Obs: O folder de divulgação traz ainda as seguintes informações:
DISCOGRAFIA
-
MEU CORPO MINHA EMBALAGEM TODO GASTO NA VIAGEM /
Ednardo, Rodger & Teti RCA – 1973
-
CHÃO SAGRADO / Rodger & Teti RCA – 1974
-
EQUATORIAL / Teti EPIC – 1980
-
MASSAFEIRA LIVRE / Coletivo EPIC – 1980 (faixa : O REI
de Tânia Cabral)
-
OUTRO SABOR / Nanan Lima Independente – 1988 ( Faixa:
FLOR DE MANDACARU de Nanam Lima & Cacá Farias)
-
MACULELÊ LOAS CATU IBYJÁ / Pingo de Fortaleza –
Independente – 1991 (Faixa: FAVO DE MEL (Pingo de Fortaleza & Guaracy
Rodrigues)
-
LAURO MAIA – 80 ANOS / Coletivo Equatorial Produções –
1993 (Faixa: FAÍSCA de Lauro Maia & Penélope)
-
UM QUARTO DE LUA / OLÍMPIO ROCHA Independente – 1994
(Faixa: PRIMEIRA VIAGEM de Alano Freitas & Olímpio Rocha)
-
IBEU CANTA CEARÁ / Coletivo Independente – 1994 (Faixa:
ESTAÇÃO CELESTE de Petrúcio Maia & Carlos Pita)
-
NO CEARÁ É ASSIM / Coletivo Secretaria da Cultura do
Estado do Ceará – 1995 (Faixa: DOIS QUERER de Raimundo Fagner & Brandão)
-
MARCA CARMIM / Luciano Cléver & Chico Pio – 1997
(Faixa: MARCA CARMIM de Chico Pio & Luciano Cléver)
-
TETI DO PESSOAL DO CEARÁ / Teti Independente – 1998
ROTEIRO MUSICAL
1.
COMENTÁRIO A RESPEITO DE JOHN (Belchior & J. L.
Penna)
2.
CARRUAGENS (Rodger Rogério & Clodo)
3.
AMOR ESCONDIDO (Raimundo Fagner & Abel Silva)
4.
CASTELO ENCANTADO (Rodger Rogério & Pepe)
5.
LUPISCÍNICA ( Petrúcio Maia & Augusto Pontes)
6.
VISÃO MÁGICA (Héber Moura & Nilo Alves)
7.
DONO DOS TEUS OLHOS (Humberto Teixeira)
8.
AMOR DEMAIS (Nonato Luiz & Olímpio Rocha)
9.
OUTRA CANÇÃO (David Duarte)
10. VÁ
LÁ E FAÇA (Manassés & Ricardo Alcântara)
11. EQUATORIAL
(Calé Alencar & Fausto Nilo)
12. TEU
RETRATO (Nelson Gonçalves & Benjamim Batista)
13. FAÍSCA
(Lauro Maia & Penélope)
14. MARCA
CARMIM (Chico Pio & Luciano Cléver)
FICHA TÉCNICA
Teti – Voz
Tarcísio Sardinha – Violão
Nylon & Cavaquinho
Aroldo Araújo – Baixo Elétrico & Violão
Produção – Calé Alencar
Som e Luz – Zeuxis
Folder – Franciane Magalhães
-
Para o 6a com Arte no Sindbar – Música Plural Brasileira - do
Sindicato dos Jornalistas do Ceará em 31 de outubro de 1998
Integrante do grupo cearense que teve destaque nacional na década de 70, a cantora TÉTI começou na área musical com seu parceiro, compositor e músico Rodger Rogério. Os dois, unindo seus talentos ao de Ednardo, registraram em 1973 o antológico elepê “Meu Corpo, Minha Embalagem, Todo Gasto na Viagem” que, por uma estratégia de marketing da Continental, acabou assumindo o rótulo de “Pessoal do Ceará”. A dupla TÉTI e Rodger volta ao disco em 75 com o vinil “Chão Sagrado”, título inspirado na afirmação do biólogo e compositor Paulo Vanzolini, autor de “Ronda”, sobre a terra cearense. Em 79, TÉTI grava seu primeiro álbum solo, “Equatorial” (faixa título composta por Calé Alencar e Fausto Nilo) no qual reuniu a fina flor da música instrumental da época, contando inclusive com o teclado de Túlio Mourão e com as cordas de Toninho Horta. Nesse mesmo ano canta ao lado de Ednardo no seu disco homônimo o bolero “Lupiscínica”, de Petrúcio Maia e Augusto Pontes. De 1980 aos dias atuais, Téti gravou em vários discos coletivos e de amigos. Entre eles, “Melhor que Mato Verde”, (Petrúcio Maia); “Lauro Maia 80 anos”; Verdade Absoluta, (José Carlos); “Maculelê”, (Pingo de Fortaleza), “Ibeu Canta Ceará”, “No Ceará é Assim”, “Um Quarto de Lua”, (Olímpio Rocha), “D’Alma” (Nilo Alves, Roberto Pinto e Hermano); e “Marca Carmim” (Luciano Cléver e Chico Pio). No segundo semestre deste ano, lança novo disco com os benefícios da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, que será a base do repertório da sua noite de autógrafos no 6a com arte.
Release escrito pela MODO MAIOR – Produções Artísticas em 16 de novembro de 1998
TÉTI, um
dos maiores valores da nossa música, integrante de vários movimentos
representativos da cultura cearense, sempre envolvida nos mais significativos
projetos da memória musical e expressão artística local, está de volta à cena.
Seu novo
trabalho, registrado em CD, teve a concepção de FAUSTO NILO e TÉTI,
sendo a PRODUÇÃO Musical de MANASSÉS, que também participou como arranjador
e tocando sua viola de 12 cordas em várias músicas.
O
presente CD contou com várias participações especiais, como DOMINGUINHOS no
acordeon, nas faixas 4 (Amor Escondido – Fagner / Abel Silva) e 9
(Estrada de Santana – Petrúcio Maia / Brandão), MINGO ARAÚJO na
percussão, nas faixas 2 (Carruagens – Rodger Rogério / Clôdo) e 9 (Estrada de
Santana – Petrúcio Maia / Brandão), NONATO LUIZ ao violão na faixa 7
(Amor Demais – Nonato Luiz / Olímpio Rocha) e finalmente PAULO TROMPETE
ao teompete e JORGE CARDOSO ao bandolim na faixa 8 (Teu Retrato – Nelson
Gonçalves / Benjamim Baptista).
O CD “Do
Pessoal do Ceará”, traz o retorno da intérprete cearense em um momento mais
maduro de sua carreira, com sua voz afinada e terna, presente nas canções
clássicas de seus contemporâneos (Fagner e Belchior), no resgate
de algumas pérolas esquecidas no tempo (Teu Retrato) e na valorização
das gerações mais recentes de compositores (Olímpio Rocha).
Por tudo isso, o presente trabalho que foi realizado com muita dedicação e afinco, contou com a participação de vários amigos da cantora; tem tudo para agradar ao público amante da boa música e permanecer em definitivo na memória musical de nossa Terra.
Fortaleza, 16 de Novembro de 1998
Edílson Medina
Produtor Executivo
Para o Projeto Xique-Chique
em Show no BNB Clube em 25
de abril de 1987
FALANDO DE TÉTI
TÉTI. Todos já conhecem. Já ouviram
sua voz terna e afinadíssima. TÉTI é da tchurma. É do Pessoal do Ceará. Ainda
garotinha no “Clube dos Motoristas”. Hoje nos mais importantes teatros e salas
do país: TUCA de São Paulo, Sala Augusta, Teatro Bandeirantes, MASP, TÉTI
cantou pelo Brasil todo. Fez o Pixinguinha ao lado de Oswaldinho do Acordeon e
Teca Calazans. Fez o “Pixingão 85” no Rio de Janeiro. Passando por São Paulo
gravou o primeiro LP “Meu corpo, minha embalagem, todo gasto na viagem”, que
ficou conhecido como “Pessoal do Ceará”. Deste disco participaram Rodger e
Ednardo. Noutra ocasião, gravou o LP “Chão Sagrado”, com Rodger. Participou do
álbum “Massafeira”. A convite de Fagner, gravou seu último LP pela CBS, “Téti
Equatorial”.
Release
– avulso
Iniciou sua carreira no início dos
anos 70, cantando na noite paulistana e atraindo a atenção das pessoas para a
sonoridade das canções interpretadas, carinhosamente denominadas pelo público
como “do pessoal do Ceará”.
Com sua voz terna e suave, TÉTI foi
conquistando seu espaço e se tornou um dos maiores valores de nossa música,
integrando vários movimentos representativos da cultura cearense, em especial à
sua memória musical.
1972, ao lado de Rodger Rogério e
Ednardo, grava o disco “Meu corpo, minha embalagem, todo gasto na viagem”, onde
despontaram sucessos como Terral e Beira-Mar, esta última, uma das mais
belas interpretações de TÉTI.
Como a produção de Walter Silva,
grava em 74 o disco “Chão Sagrado”, acompanhada por Rodger Rogério.
Participa em 79 do disco
“Massafeira”, reunindo dezenas de músicos e intérpretes cearenses. Neste ano
ainda, TÉTI, grava seu primeiro disco solo, denominado “Equatorial”, com
produção de Fausto Nilo e direção de Fagner.
Na mesma época, faz participações
especiais nos discos de Ednardo, na faixa Lupiscínica e de Petrúcio
Maia, na faixa Frenesi.
Em 1983, a convite da FUNARTE,
participa do Projeto Pixinguinha, ao lado de Teca Calazans e Oswaldinho do
Acordeon. Em excursão pelo nordeste, TÉTI canta o melhor da música cearense e
de volta ao Rio de Janeiro, realiza temporada na Sala FUNARTE, no Projeto Pixingão.
Mas TÉTI não para por aí, participa
dos discos coletivos “80 anos de Lauro Maia”, “No Ceará é Assim” e “50 anos de
IBEU”. Tem ainda sua voz registrada nos discos dos compositores cearenses Pingo
de Fortaleza, Nanan Lima, José Carlos, Evaristo filho, Nilo Alves, Hermano e
Roberto Pinto, Olímpio Rocha, Luciano Cléver e Chico Pio.
TÉTI está de volta aos palcos com
seu novo trabalho, “TÉTI do Pessoal do Ceará”, com produção musical de Manassés
de Sousa e participações especiais de Dominguinhos, Nonato Luiz, Jorge Cardoso
e Mingo Araújo.
O retorno da intérprete em um
momento mais maduro de sua carreira, marca também o resgate e a valorização de
verdadeiras pérolas da música popular cearense, que não podem jamais ser
esquecidas ao longo do tempo.
Como bem define o jornalista Flávio
Paiva, “mais que uma âncora feminina no Ceará, TÉTI reluz como um pin exposto
no alto do nosso coração”.
CURRICULUM VITAE
Escrito por Francisco
Augusto Pontes em 26 de junho de 1984
NOME: Maria Elisete Morais de Oliveira e Rogério.
PSEUDÔNIMO ARTÍSTICO: “Téti”
ESCOLARIDADE: Segundo Grau Completo
OUTROS CURSOS: Curso
de Artes Industriais e Desenho
(Escola
de Artes Industriais Anísio Teixeira I.N.E.P. / M.E.C.)
Curso
de Formação Profissional de Radiofusão Sonora e por Imagem
(Fundação
Cearense de Arte e Cultura / Sindicato dos Radialistas /
Delegacia Regional do Trabalho)
ATIVIDADES PROFISSIONAIS:
Discografia:
LP
“Meu Corpo Minha Embalagem Todo Gasto na Viagem”, que
ficou conhecido com “Pessoal
do Ceará”, gravado com Rodger e Ednardo pela gravadora Continental, em 1972.
LP “Chão Sagrado”, gravado com Rodger para a RCA Victor,
em 1974.
LP “Equatorial”, que contou com a participação de Fagner
na faixa “Passarás, passarás, passarás”, gravado para a CBS, em 1980.
Álbum duplo “Massafeira
livre”ao lado de diversos artistas, como Ednardo, Fagner, Belchior,
Rodger, Calé, Petrúcio Maia, entre outros.
Participou do LP “Ednardo”, cantando a canção
“Lupiscínica”, em 1979.
Participou do LP “Melhor que mato verde”, de Petrúcio
Maia, cantando as canções “Frenesi” e “Acorda e sorri”. Gravado em 1979.
LP “Sementinha”, com Rodger, e as crianças Pedro e Daniela
e elenco de atores como José Dumont, Ricardo Guilherme, e atores infantis da TV
Globo, entre muitos outros. Este LP é ainda inédito foi produzido pela IBDF em
1983.
Compacto simples com as canções “Chão Sagrado” e Bye, Bye,
Baião”, com Rodger e Ednardo, para a gravadora Continental, em 1973. Outros
compactos produzidos a partir das matrizes dos LPs já mencionados.
Televisão:
Participou de inúmeros programas de televisão, dentre os
quais, vale a pena citar alguns, por ter atuado permanentemente ao longo do
tempo em que ficou no ar. São eles: “Alô Juventude”, “Porque hoje é Sábado” e
“Show Mercantil”, todos na TV Ceará, em 1968, 1969 e 1970.
Programa “Proposta”, TV Cultura de São Paulo, com Rodger,
Ednardo e Belchior, sob a direção de Júlio Lerner, 1972. Programa “Mixturação”,
com Simone, Secos e Molhados, Belchior, Jorge Mello, Rodger, Ednardo, Wilson
Cirino, Tião Motorista e outros. TV Record de São Paulo, com direção e produção
de Walter Silva e Moracy do Val, em 1973. Programa “Mambembe” TV Bandeirantes,
com Amelinha, Ednardo, Belchior, Clôdo, Rodger e outros. Produção de Roberto
Oliveira (Clack) e direção de Walter silva, em 1975.
Teatro:
Atuou em várias capitais e cidades do interior, destacamos
as apresentações no TUCA de São Paulo, ao lado de Rodger e Hermeto Paschoal,
Teatro Bandeirantes de São Paulo na “Noite da Música Popular Brasileira”, ao
lado de Fagner, Belchior, Jorge Mello, Clôdo, Amelinha, Rodger, Ednardo.
Augusta em São Paulo, com Petrúcio e Nonato Luiz. Museu de Arte de São Paulo,
com Rodger e Belchior. Sala Sidney Miller do Museu de Arte Moderna do Rio de
Janeiro, ao lado de Rodger. Sala Martins Pena do teatro Nacional de Brasília,
ao lado de Clôdo e Rodger. Teatro José de Alencar em Fortaleza, em vária
temporadas como “Coisas assim...” com Rodger e Ednardo. “Soro”, com Fagner,
Ricardo Bezerra, Geraldo Azevedo, Rodger, Nonato Luiz, Petrúcio Maia, Manassés,
Patativa do Assaré e outros; “Massa Feira”, com Fagner, Ednardo, Rodger, Zé
Ramalho, Amelinha, Belchior, Jorge Mello, Patativa do Assaré e outros; “Teti
Equatorial” e etc... Algumas temporadas no Teatro da EMCETUR em Fortaleza, como
Bazar 80 e outros e outras temporadas no Teatro 4 de Setembro em Teresina.
Rádio:
Foi produtora, redatora e apresentadora do programa
“Fortaleza meu amor” durante o ano de 1983, na Rádio Universitária do Ceará.
Nesta mesma rádio produziu e redigiu o programa “Roteiro da Cidade do Sol”,
também em 1983.
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